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Valdo Resende

~ Escritor, dramaturgo e professor

Valdo Resende

Arquivos da Tag: Lucinha Lins

Cacaso, o letrista

06 sexta-feira set 2013

Posted by valdoresende in Música

≈ 3 Comentários

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Antonio Carlos Ferreira de Brito, “Meio termo”, “Transversal do tempo”, Cacaso, Djavan, Edu Lobo, Elis Regina, Fafá de Belém, Francis Hime, Lourenço Baeta, Lucinha Lins, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Pássaro Proibido, Simone, Sueli Costa, Tom Jobim, Uberaba

Cacaso

Cacaso

Antonio Carlos Ferreira de Brito, o Cacaso, nasceu em Uberaba em 1944. Suas criações estão imortalizadas nas vozes de Elis Regina, Maria Bethânia, Simone, Lucinha Lins, Fafá de Belém, Nana Caymmi… Lá em Uberaba, quando adolescente, não conheci a obra do poeta e compositor, letrista de primeira. Foi depois, já aqui em São Paulo, que a música de Cacaso entrou na minha vida.

São as trapaças da sorte, são as graças da paixão

Pra se combinar comigo tem que ter opinião

São as desgraças da sorte, são as traças da paixão

Quem quiser casar comigo tem que ter bom coração…

(Face a face – Sueli Costa e Cacaso)

Parceiro de Sueli Costa, Edu Lobo, Tom Jobim, Francis Hime, Djavan e muitos outros, as letras de Cacaso cantam paixões densas, amores desesperados e, paralelamente, revelam os tempos difíceis vividos pelo país sob a ditadura militar. O período conturbado aparece até em canções aparentemente leves, mas que revelam os princípios do cidadão e compositor.

Sou brasileiro de estatura mediana

Gosto muito de fulana, mas sicrana é quem me quer

Porque no amor quem perde quase sempre ganha

Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder

Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero

Não tolero lero-lero devo nada pra ninguém

(Lero-lero – Edu Lobo e Cacaso)

Foi através de Maria Bethânia, com seu repertório esplêndido, que prestei atenção no letrista Cacaso, posto que já estava familiarizado com o trabalho de Sueli Costa, a parceira do compositor em “Amor, amor”. Bethânia gravou Cacaso em 1976, no disco “Pássaro Proibido”.

Quando o mar

quando o mar tem mais segredo

não é quando ele se agita

nem é quando é tempestade

nem é quando é ventania

quando o mar tem mais segredo

é quando é calmaria…

(Amor amor – Sueli Costa e Cacaso)

Tempos depois de conhecer a música de Cacaso na voz de Bethânia ouvi Elis Regina cantar “Meio termo” no disco “Transversal do tempo”, de 1978. A interpretação de Elis é avassaladora para a música de Lourenço Baeta com letra de Cacaso. Impossível não transcrever toda a letra dessa belíssima e triste canção.

Ah! como eu tenho me enganado

como tenho me matado

por ter demais confiado

nas evidências do amor

como tenho andado certo

como tenho andado errado

por seu carinho inseguro

por meu caminho deserto

como tenho me encontrado

como tenho descoberto

a sombra leve da morte

passando sempre por perto

o sentimento mais breve

rola no ar e descreve a eterna cicatriz

mais uma vez,

mais de uma vez,

quase que fui feliz!

(Meio termo – Lourenço Baeta e Cacaso)

Cacaso faleceu de enfarte, ainda jovem, em 27 de dezembro de 1987, no Rio de Janeiro, cidade onde viveu desde os 11 anos. Lá estudou filosofia e tornou-se professor de teoria literária. Além da crítica e da paixão exasperada ele soube dosar suas criações com invejável humor.

Quem me vê assim cantando

Não sabe nada de mim

Dentro de mim mora um anjo

Que tem a boca pintada

Que tem as unhas pintadas

Que tem as asas pintadas…

(Dentro de mim – Sueli Costa e Cacaso)

O poeta Cacaso será tema para outro texto, em outro momento. Aqui faço questão de reativar lembranças do letrista e compositor; uma singela homenagem ao conterrâneo que enriqueceu com verve poética a música popular brasileira.

.

Até mais!

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