Se o final de semana fosse exclusivamente meu, seria:
Comemorar o aniversário daquele que é (quase!) irmão
Fazer parte da surpresa arranjada pelas filhas em festa para a amiga
Encontrar o viajante argentino que, antes de voltar, passa pelo Brasil.
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Tudo acontecido e pensaria ser capaz de conduzir a minha vida
Seria o feliz gerenciador da existência
Dono de mim, senhor do que me rodeia.
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Vem aquilo que a ocasião obriga-nos a chamar destino
Transforma, muda, obriga-me a faltar em tudo
E o mais, pois sim, teria mais, deixar para depois.
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A vida veio reiterar meus limites
E fez do final de semana o que bem quis.
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É madrugada, tento escrever e tudo parece vão
Nada importa, nada serve, nada é suficientemente bom
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Resta escrever a velha lição que teimamos em esquecer
Sobra-me assumir o que insistentemente tento ignorar:
Senhora de si, a vida faz e nos conduz para onde bem quer
E quando alguém morre (Mesmo se esse alguém sou eu!)
Nada acontece, exceto o fato inútil que é perceber o sino que badala na noite silenciosa.
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Até!