Ronaldo, o Fenômeno? Ronaldo Ésper? Ronaldinho Gaúcho? Ronaldo Bôscoli? Cristiano Ronaldo?
Ah, essa delícia que é escrever e, vez em quando, atingir em cheio às pessoas. É bem verdade que mais vale um excelente leitor ao outro, esse que às vezes nem vai além do título. E fico me perguntando quantas pessoas realmente leram ou leem um post que escrevi em 2012! Isso, mesmo, leram ou leem. Há nove anos publiquei um texto com o título “As mulheres de Ronaldo” e, desde então, periodicamente, sou visitado especificamente no tal post por centenas de pessoas.
Nem sempre verifico as razões de oscilações da audiência do meu blog. Já passei da fase. Começa assim: Ao criar um blog, nos primeiros meses a gente fica ansioso para saber se é lido, se as pessoas viram, o que acharam, o que comentaram. Depois, vai normalizando. Há posts que vão bem, outros nem tanto. Os comentários vão mais para chamadas desses mesmos textos nas redes sociais e… segue a vida.
Acontece que, vez ou outra, verifico picos inesperados de audiência, ou o próprio wordpress manda um aviso: Você está tendo um grande número de acessos. Antes abria rapidamente o site para ver o que, quem, quando… Me acostumei. Deixo para ver depois. Certamente algum Ronaldo fez alguma coisa e, com certeza absoluta, não é a personagem do meu texto, falecido em 1994.
Os Ronaldos famosos aprontam bastante. Envolvem-se em namoros furtivos nas calientes noites brasileiras e, nessas mesmas noites, contam as fofocas, assaltam cemitérios; passam longas temporadas em prisões; mudam de times via contratos milionários; comportam-se com elegância e retidão; engordam; emagrecem; apoiam políticos corruptos; falam bobagens comentando jogos… Enfim, o que não falta é coisa para se dizer de algum Ronaldo.
O “meu”, ou seja, o Ronaldo referido em texto que escrevi e, só pra manter a coisa ( acesse aqui o link para saber qual Ronaldo é) também foi polêmico, famoso, talentoso, namorador, criativo, competente… ou seja, na próxima vez que nascer um garotinho na família sugiro Ronaldo como nome. Parece que traz dinheiro. Todos os citados acima estão, ou estiveram, muito acima do nível da pobreza.
Há um fato que quero registrar. De todos os Ronaldos citados acima conheci pessoalmente apenas o Ésper. Fui entrevistar o cidadão para uma revista onde trabalhei. Conheci o ateliê, enorme, com quatro luxuosas salas destinadas exclusivamente para que jovens moçoilas experimentassem seus vestidos de noiva. Cada sala tinha saída para um local diferente, evitando que as moças se encontrassem. Um labirinto. Assim, o costureiro evitava os tititis de invejas, acusações de cópias e outras superficialidades da situação.
Ésper tinha uma coleção de obras de arte – segundo informado pelo próprio – a maior coleção brasileira do Quattrocento italiano. Estavam amontoadas em vasta sala, abaixo do ateliê propriamente dito, este repleto de costureiras em seu delicado trabalho. Anos depois li sobre a detenção do rapaz, acusado de roubo de vasos em cemitério paulistano. E cogitei, então, a origem da grande coleção que havia visto.
Se você chegou até aqui, agradeço. Acredito que a maioria dos que entram no blog por conta d’As Mulheres de Ronaldo saem rapidamente. Isto por ficar claro, no primeiro parágrafo, de qual Ronaldo trata o texto. Uma coisa eu garanto, as mulheres do “meu Ronaldo” são extraordinárias, talentosas, bonitas e… imortais. Confiram!
Até mais