A maior!

Semana em que Elis Regina e Nara Leão estão em foco na mídia brasileira. Que ótimo relembrar e homenagear essas artistas extraordinárias. Nas diferentes matérias sobre as duas cantoras invariavelmente recai sobre Elis o adjetivo maior. “A maior!”. Ninguém discorda; nem deve, nem pode. No entanto…

Provavelmente por sermos subdesenvolvidos, nós, brasileiros, tenhamos essa coisa do tamanho das coisas. O maior estádio, a maior usina hidrelétrica, a maior ponte… Esses exemplos arquitetônicos foram utilizados durante a ditadura militar, afinal os caras precisavam de dar motivos de orgulho para a gente do país. Mais ou menos nessa época a própria Elis disse em uma ou outra oportunidade que Maísa era a maior cantora, ou Gal Costa a maior cantora. Para Maria Bethânia reservaram o “a maior intérprete”.

A febre do “maior” veio depois de diferentes reinados. Nostalgia dos tempos coloniais, sem ter por aqui o charme das nobrezas europeias, inventamos títulos para praia – Quem não conhece “a princesinha do mar”? – criamos reis da voz, rainhas do rádio, rei da juventude, rei do baião, rainha da Jovem Guarda e, entre outros, para ficar bem claro que ainda não dispensamos as titulações nem mesmo em plena pandemia, agradecendo o trabalho de Teresa Cristina, elegendo-a Rainha das Lives. Serei sempre grato à cantora e compositora pelas noites em que nos salvou do desespero.

Afeto e reconhecimento estão entre diferentes sensações que caminham junto e em ordem invariável quando citamos nossas referências, nossas preferências. Se concordamos que Elis Regina é a maior, onde colocamos Nana Caymmi, Mônica Salmaso, Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Elza Soares, Maria Bethânia, Alcione, Daniela Mercury? Caramba, ia deixando Dalva de Oliveira de fora, a Gal Costa! A Clara Nunes! Podemos colocar quantas cantoras na tal lista “A maior”?

As cantoras citadas no parágrafo anterior nos legaram (legam, ainda!) registros incríveis de inquestionável qualidade vocal. Todas elas, em um ou outro momento, nos arrebatam com suas interpretações e terão, como disse Elis, “a durabilidade do disco”, o que a gente sabe, graças à tecnologia, que essas vozes deverão estar por muito tempo conosco. Elis e Nara têm histórias peculiares em comum (veja aqui), mas neste texto quero enfatizar outros aspectos.

Nara Leão é páreo – se a gente necessitasse disso – para qualquer artista do mundo quando se coloca a representatividade como parâmetro. Milhares de quilômetros distanciam Nara de Leny Eversong, se pensamos em potência vocal. Sem dúvidas, é possível reconhecer e confirmar que o “fio de voz” de Nara foi mais forte que o de Lenny, ou de qualquer outra cantora. A moça rica de Copacabana norteou a Bossa Nova, subiu o morro e nos legou poesia e protesto, assinou junto com o pessoal da Tropicália e mandou às favas os preconceitos em relação a Jovem Guarda. Não é lero-lero. Comprova-se na discografia!

Elis Regina é páreo – e ela não precisa disso – para qualquer cantora do mundo quando se alia técnica e expressão, potência e domínio vocais. Representou como poucas a época em que viveu, mais ainda, sendo um retrato fiel do brasileiro: o ser batalhador que é arrimo de família, que enfrenta forças adversas para ganhar espaço. Nara, rica, fez o que bem quis e, cá para nós, sorte a dela. Elis, brigou feito fera para fazer o que queria, como queria. Briga com gravadoras, empresários, com o governo, com o universo machista onde transitou, brigas que precisavam levar em conta a necessidade de sustentar os seus.

Legal refletir sobre “a (o) maior” principalmente para uma juventude que, penso eu, confunde o ato de cantar com grito. É só assistir o The Voice” para confirmar a gritaria. É complicado abrir espaço profissional e, nesse país do “a maior” e dos “reis e rainhas de quase tudo”, o jovem já chega por baixo. Esquece a suavidade da Bossa Nova, por exemplo. João Gilberto ganhou o mundo colocando a voz em registro suave, como Nara e, na maturidade, Maria Bethânia. Dóris Monteiro é inesquecível e entre as cantoras atuais, Marisa Monte e Maria Rita sabem dosar potência e suavidade, brindando-nos com momentos deliciosos. Subir a voz é força expressiva. Todo cantor deveria aprender isso com Elis Regina, assim como a professora de suavidade – sem esquecer a precisão da expressão – é Nara Leão. As duas – em polos distintos – representam o que há de melhor em nossa música.

A imprensa usou e abusou da rivalidade entre cantoras. Não voltarei ao assunto (Veja aqui), posto que vejo pouca ou nenhuma novidade sobre a questão. A prática continua. Fora dessa necessidade de audiência, podemos refletir e discutir essa questão da adjetivação dos nossos artistas. São grandes, são maiores. Nunca em detrimento aos pares. São imensos em determinado momento, são fundamentais em outros. O que devemos é conhecer, reconhecer e agradecer quando houver o excelente trabalho de cada cantora, de cada artista. Há lugar para todo mundo.

Nos tempos dos registros físicos – discos em compacto, ou long play, fitas cassete, cds – o espaço era problema e, por isso, escolhi vozes femininas para minha coleção de discos. Uma razoável coleção de cds, indo de Aracy de Almeida à Zizi Possi. Ouço Elis tanto quanto ouço Maria Alcina, Evinha, Tetê Espíndola. Dedico horas à Zezé Motta, Beth Carvalho e também ao Quarteto em Cy. Giane e Inezita Barroso, tanto quanto Clementina de Jesus ocupam lugar especial e por aí vai. De A a Z, deixo rolar à vontade e, para lembrar um verso de Joyce Moreno, gosto de “canções que ninguém escuta”. Tenho muita coisa da Elis Regina, da Nara Leão, da Gal Costa. Quase tudo da Maria Bethânia, e quem me conhece sabe o lugar que Wanderléa tem no meu coração. Todas grandes! Todas são “a maior”!

Salve, Elis Regina! Salve, Nara Leão!

Um salve maior para todas as cantoras do Brasil!

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As fotos que ilustram este post estão em capas de disco de Elis (1977) e Nara (1968).

Coesão, ou “a vida como realmente é”

Marisa Monte em Londres. O vestido, de perto, é bem diferente...
Marisa Monte em Londres. O vestido, de perto, é bem diferente…

Proponho um pequeno exercício coletivo: primeiro todo mundo vai descontar 40% do próprio salário. Segunda ação, vamos todos usar o transporte público para ir trabalhar. Pode ser amanhã, entre 07h00 e 09h00; quem preferir pode optar pelo mesmo “passeio” entre 17h00 e 19h00. Que fique bem claro que é só uma proposta; todos podem dizer não.

Lá no Ceará, em Juazeiro do Norte, os professores da rede pública terão seus salários reduzidos em até 40%. A cidade quer se enquadrar na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Aqui em São Paulo a alta do transporte público resultou que o preço da passagem foi de 3,00 para R$ 3,20.

Os professores cearenses anunciaram greve. Ocorreram manifestações em São Paulo contra a alta da passagem. E eu… Bem, no sábado pela manhã, fui visitar a exposição “Jogos Olímpicos: Esporte, Cultura e Arte” na Galeria de Arte do SESI – SP, no majestoso prédio da FIESP.  A exposição é inédita e traz o acervo do Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça.

Lá estão os cartazes da maioria das edições do evento, as tochas olímpicas, as medalhas de ouro, prata e bronze de todas as edições e mais, muito mais. Há uniformes de atletas e materiais das diferentes modalidades esportivas. Vídeos, muitos vídeos. Uns falam sobre história, outros com reportagens como, por exemplo, a preparação dos atletas, física e emocionalmente.

Dos vídeos que parei para assistir gostei mais do que mostrou nossos artistas, ao final da última Olimpíada em Londres, quando a bandeira olímpica foi entregue ao então prefeito do Rio de Janeiro. O show brasileiro foi muito lindo. Batuque de bumbo, berimbau; batida de violão, cavaquinho e flautas, melodiosas flautas acompanhando Marisa Monte brincando de cantar Villa-Lobos. Percebi que a apresentação brasileira foi muito melhor sem qualquer comentarista de TV atrapalhando a audição do espetáculo.

Também na exposição constata-se o ditado que diz sobre gatos pardos… Ao lado do aparelho de TV que reproduz o filme da apresentação brasileira encontra-se o vestido que Marisa Monte usou no espetáculo. Sob as luzes do estádio londrino é lindo. Na real ali, dentro da vitrine, quase podendo ser tocado, a constatação é de que o efeito foi lindo, mas que o tal vestido é chinfrim, isso é…

Professores e passageiros de transporte público, recordem Micha, o simpático ursinho russo.
Professores e passageiros de transporte público, recordem Micha, o simpático ursinho russo.

Não vi o Tatu Bolinha, ou sei lá o nome que pretendem para o mascote brasileiro. Uma vez mais me encantei com Micha, que ainda faz lembrar com emoção o final das Olimpíadas de Moscou. O ursinho é destaque entre outros animais e seres estranhos, representantes simbólicos das culturas de locais onde ocorreram os jogos.

Quem chegou até aqui deve se perguntar sobre o que entendo por coesão; a tal característica textual que evidencia harmonia entre as partes de um texto; conexão entre assuntos e temas. Só que fiquei pensando: Quem realmente se preocupa com a educação deste país e com a situação dos professores? Quem, entre os que andam com seus carros estão realmente preocupados com aqueles que vão amassados dentro dos ônibus paulistanos?

Em atitude coesa com a maioria da população resolvi ignorar os problemas alheios e curtir a exposição do SESI.

O SESI é uma instituição preocupada com a educação. Tanto é que na presente exposição há um magnífico salão para encontros e oficinas. Não há um programa impresso com a história do evento, ou com os dados da exposição. Há um fôlder para crianças, com joguinhos que distraem os pimpolhos e deixam pais e mães felizes. Agora, preciso voltar aos temas iniciais…

Tenho ido para o trabalho usando ônibus, metrô e trem. A direção está no contrafluxo e isto me garante um razoável espaço para virar para os lados e, com sorte, ir sentado olhando a paisagem. Não percebo nenhuma melhoria nos últimos seis meses, nada que justifique o aumento da passagem. Percebo, por exemplo, que a CPTM e o METRÔ desligam escadas rolantes na hora do fluxo, pois isso garante maior lentidão e os passageiros demoram mais para chegar à plataforma de metrô e trem. Também colocam grades orientando o fluxo da boiada (Ops!), da grande multidão.

Quanto ao salário dos professores… Rola por aí o Plano Nacional da Educação- PNE que diz, entre outras coisas, que o professor deve ser valorizado através da equiparação de rendimento médio dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica aos dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Simplificando rasteiramente, iguais salários para a categoria. Portanto, o professor do Estado do Ceará que tome cuidado, pois o corte pode atingi-lo, baseando-se para isso na tal equiparação que prevê o PNE… Algo semelhante já aconteceu aqui em São Paulo. Um político aumentou o salário dos professores de um lado. Outro congelou, até que Estado e Município se equiparassem…

Ah, mantendo a coesão deste precário texto: a exposição no FIESP vai até 30 de Junho. De segunda a domingo, com entrada franca! Todo aquele que quer ver seu filho dentro dos ideais olímpicos deve estimulá-lo visitando a exposição.

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Boa semana para todos.

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Um Oscar para a música do Brasil

Vou torcer descaradamente para que Carlinhos Brown e Sergio Mendes tragam o primeiro Oscar para nosso país. Será neste domingo e espero sinceramente comemorar esse momento. Os dois compositores, mais a letrista americana Siedah Garret criaram “Real in Rio”, a música principal do filme “Rio”, animação de Carlos Saldanha, e terão como única concorrente, a canção “Man or Muppet”, de “Os Muppets”, música e letra de Bret McKenzie.

Um verdadeiro e grandioso embate entre a tradicional música das Américas. De um lado, a canção norte-americana, com refrão fácil, daqueles que grudam na mente da gente, com notas que permitem interpretações suaves, com momentos acalorados; embora tudo muito melancólico o final é feliz: tipo o amor vence! De quebra, há a força dos bonecos que conhecemos desde há muito; acompanharam a infância de algumas gerações e retornaram, conquistando as atuais. No prêmio deste ano, as imagens terão sua força, alavancando preferências para as canções.

O Brasil é a América que não usa o próprio nome. Somos do sul e quase sempre não nos denominamos americanos. Há gente por aqui descendente de europeu; há os afro-brasileiros; os asiáticos – esses criaram expressões próprias identificando as diferentes gerações – e, há os índios. Todos se dizem brasileiros e penso que, diante da supremacia econômica e bélica norte-americana, no máximo, assumimos algo tipo o primo pobre, quando nos dizemos sul-americanos.

Deste lado de baixo, o sul, temos o sol, as cores, a natureza inigualável e uma alegria ímpar. Essas características são facilmente detectadas no samba-exaltação, a expressão correta para definir a música de Carlinhos Brown, Sérgio Mendes e Siedah Garret. O ritmo é contagiante, a melodia é vibrante, arrebatadora. “Real in Rio” é para, literalmente, fazer todo mundo dançar. Se não consegue que todos “tirem o pé do chão” faz, no mínimo, com que mexam dedos marcando compassadamente a canção.

Outros trunfos para “Rio”: a música, enquanto linguagem universal está mais próxima de se fazer entender por Raimundo e todo mundo. A letra, da americana, amplia o entendimento para os que não dominam nosso idioma, nossos hábitos. Ainda tem a presença de Will.i.am, dando um toque de rap, evidenciando as possibilidades de sempre do nosso samba: somar passado e presente com total eficácia.

Os dois brasileiros – Brown e Mendes – somam talentos e sintetizam a vocação internacional da música brasileira. Sergio Mendes estourou nos EUA em 1964 com a música “Mais que nada” de Jorge Ben Jor e por lá ficou. Gravou dezenas de discos e recebeu o Grammy de 1993 na categoria World Music.

Sergio Mendes e Carlinhos Brown

O carioca Sergio Mendes faz dupla com o baiano Carlinhos Brown. Conhecemos nacionalmente o músico desde “Meia lua inteira”, composição marcante do disco “Estrangeiro”, de Caetano Veloso. Depois nos habituamos com o percussionista extraordinário conduzindo o “Timbalada”, tornando-se referência brasileira para o mundo. Outro tanto, não menos importante, é o trabalho de Brown com Marisa Monte e Arnaldo Antunes; os “Tribalistas” fizeram a cabeça de milhões. O compositor não é novidade lá fora, tem uma carreira consistente no exterior e, especificamente nos EUA, fez o melhor momento musical, ele próprio cantando, em “Velocidade Máxima 2”.

Se o Brasil e o samba começaram na Bahia, nada melhor que um samba e um baiano recebam o Oscar, prêmio ainda inédito para o país. Consagrando a célebre mistura brasileira, baiano e carioca unem-se à americana e – tomara – conquistem o prêmio. Será uma justa lembrança aos grandes sambas de Ary Barroso, Dorival Caymmi que avançaram sobre os norte-americanos em desenhos de Walt Disney e na voz de Carmen Miranda. Será um belo exemplo de união de raças e povos distintos, via música, essa expressão humana que desconhece fronteiras. Esse momento merecia uma campanha maior. Os de lá fazem um enorme estardalhaço, tentando emplacar cada concorrente, nas diferentes categorias. Aqui, humildemente, faço o marketing da nossa canção. Vamos lá, com o trio de compositores, buscar o Oscar para “Rio”.

Bom final de semana!

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Sim, para a boa música.

Apesar do frio, que insiste em permanecer, a vida segue seu rumo. E o destino mais próximo é a primavera. Estive ouvindo a nova música de Marisa Monte, “Ainda bem” e a música me pareceu tão ou mais velha que  “Body and soul”, o velho sucesso regravado por Tony Bennett e Amy Winehouse. Três bons cantores, bem assessorados, certamente essas duas canções serão tocadas, muito divulgadas, vendidas.

Penso em ficar quieto um pouquinho

Lá no meio do som

Peço salamaleikum, carinho, bênção, axé, shalom

Passo devagarinho o caminho

Que vai de tom a tom

Posso ficar pensando no que é bom…

Havia pensado em não escrever sobre Amy, o aniversário de Amy, a morte recente da cantora. E até pensei evitar escrever sobre o encontro dela com o cantor americano para não repisar os acontecimentos, já exaustivamente passados e repassados pela imprensa. Todavia, “Body and soul” é tão bom, a gravação dos dois astros é tão soberba, tão apaixonantemente boa! E aqui estou, deixando Marisa Monte com seu iê-iê-iê tardio para, partindo da canção de Caetano Veloso, curtir a canção americana.

Tony Bennett está comemorando o 85º quinto aniversário e convidou um time de gigantes para um disco só com duetos. Amy Winehouse foi escolhida para dividir com o cantor uma canção dos anos de 1930, “Body and soul”.  O veterano cantor continua impecável e a jovem Amy esbanja elegância e domínio do que canta. Um encontro absolutamente feliz.

E foi ouvindo os dois cantores que “Nu com minha música”, a canção de Caetano Veloso, tomou conta do meu pensamento. Justamente porque Tony Bennett e Amy Winehouse permitiram-me realizar “o caminho que vai de tom a tom / Posso ficar pensando no que é bom”. E fui misturando todas as coisas deste dia e deixei fluir na tela do meu computador.

O frio está indo embora; a primavera logo vem. Seremos bombardeados pelo bom marketing de Marisa Monte; seremos embalados pelos duetos de Tony Bennett com seus convidados. Nesta e em interpretações similares é que Amy Winehouse perdurará sempre e sempre; portanto, vamos celebrar a vida.

Deixo fluir tranqüilo

Naquilo tudo que não tem fim

Eu que existindo tudo comigo, depende só de mim

Vaca, manacá, nuvem, saudade

Cana, café, capim

Coragem grande é poder dizer sim.

Sim; dizer sim para Caetano Veloso que com suas inspiradas letras dá-nos momentos de prazer, sim para os grandes intérpretes que cantam com a alma as canções que nós, pobres mortais, só conseguimos entoar perfeitamente em pensamentos. Sim para o vento frio dessa madrugada e para um possível sol, um desejado dia de sol.

Eu quero um dia de sol – mesmo que este exista só no meu desejo – porque é aniversário de minha irmã Waldênia e da minha amiga Fafá. Duas pessoas amadas por mim e por um montão de gente. E já que não estarei presente com presentes, paro por aqui, desejando…

Boa música para todos!