É amanhã, depois de muito tempo, quando me disseram que eu não poderia continuar. Mas, um brasileiro não desiste nunca (rsrsrsrsrsrsr) e, sério, estou entre aqueles que gosta de uma boa dose de teimosia. Estou de volta! E segue algumas imagens que sintetizam mais de vinte anos de história.
Aulas, reuniões, feiras… aqui vou eu.
Grato aos que, durante minha ausência, torceram pela minha volta e cuidaram direitinho de tudo. Muito obrigado.
Os professores de hoje estão mudados. Exige-se outro perfil do profissional de ensino, quando comparado aos meus primeiros mestres ou ao estereótipo que ainda prevalece no subconsciente coletivo sobre o que seja a figura do professor. O professor taciturno, fechado em seus livros, trancado em uma saleta preparando aulas, corrigindo exercícios, cedeu lugar ao “antenado”, “descolado”, às vezes humorista, outras animador de auditório.
A professorinha meiga que dividia-se entre as tarefas domésticas e os trabalhos escolares, entre filhos e alunos, deu lugar a mulher dinâmica, forte e, para usar expressões do momento, “proativa” e “up to date”. E é fato que quando pertinente e se necessário, essas professoras também são tudo o que escrevi sobre o professor.
Regina, a professora do dia!
Um bom exemplo de tudo isso é Regina Cavalieri, com quem trabalho nos últimos séculos (sim, séculos! Tudo muito intenso!). Se há um ditado popular que não se aplica a Regina é o tal “salvem a professorinha!”. É mais fácil presenciar o mundo pedindo socorro a esta professora.
“Antenada”, mantêm-se atenta a tudo – daquela forma que só as mulheres conseguem: a gravidez da secretária, o crime que abala a cidade, os solos de guitarra do Eric Clapton, a plantação de alfaces e rúculas… e as questões escolares (que, para imbecis, não é trabalho). Por questões escolares, no caso de Regina Cavalieri, fica subentendido a gestão e administração de uma pequena cidade: são 13 mil alunos, cerca de 500 professores e coordenadores e 260 funcionários. Porque professor não é funcionário é uma questão fácil: atualmente, como Regina Cavalieri, o professor é multifuncional. Não cabe mais atuar em uma única disciplina, uma única atividade, um só interesse.
Pequena parcela dos 13 mil
Pense em administrar e conciliar interesses de tanta gente e… conflitos são estabelecidos. E Regina tem uma resposta ótima, começando o diálogo com um “-Por que eu sou uma pessoa clara, professor!” e finalizando com “Você está irritado porque não faço o que você quer!” Outras expressões também lembram nossa cara colega: “Impreterivelmente!” e “Zero é nota!” são as mais frequentes.
Regina, Brengel e eu, parte de uma equipe do balacobaco!
Hoje é dia do professor. Nossa equipe é formada por André Antas, Carlos Henrique Ferreira, Claudia Bouman, Daniela Palma, Fernando Brengel, Maria Schochter, Christina Guerino, Marcelo Abud, Nelson Gomes, Dema Jorge Filho, Vânia Toledo Piza e euzinho (o lindo!). Todos nós sabemos que junto com a poderosa Regina Cavalieri que tentei descrever aqui, há também aquela professorinha antiga, que sofre com os alunos, chora quando eles se formam e, sobretudo, é a mulher que tem paixão pelo que faz.
Todo o pessoal do Campus Marquês sabe que Regina é durona. Mas há sempre o dia de festa, de pura emoção. Nesta sexta, por exemplo, Regina capitaneou uma guerra de confetes; com muito barulho, serpentina e pirulitos. E foi com o espírito de festa e despedida da turma do atual oitavo semestre de Propaganda e Marketing que sai de lá para, em casa, terminar este texto para Regina, para todos os professores meus colegas e todos os grandes mestres desse meu Brasil.
Parceiro é a palavra que melhor define um colega de trabalho. Amigos nos aceitam incondicionalmente; colega, tenho a impressão, é aquele que nos foi imposto pelas circunstâncias. Colega, penso ainda, é uma etapa primária do que pode vir a ser uma grande parceria; esta, quando sólida, torna-se verdadeira amizade. Tenho grandes parceiros e deixo para que o tempo determine quais serão os maiores amigos. Porque em situação de trabalho há que se atravessar o limite final – a demissão, o afastamento seja lá por qual motivo, ou a aposentadoria.
Minha irmã Walcenis teve grandes parceiros de trabalho e conta, pelo menos, com três grandes amigas: Edna, Marlene e Conceição. Estão sempre presentes lá em casa. Todas são ex-professoras. E é assim que espero, quando vier a aposentadoria, poder ter alguns parceiros, professores, em minha vida. Hoje quero homenagear os meus atuais parceiros professores.
Claudia e Regina
Vou começar por quem tem mais de dez anos de estrada comigo: Regina Cavalieri, que hoje coordena todo mundo, cumpre fielmente a posição que a função lhe exige. Ela nos dá segurança; e não é difícil perceber o quanto isso é importante. Fernando Brengel é corretíssimo; tenho a impressão de que todo mundo, intimamente, afirma: – ele é mais correto do que eu. Claudia Bouman dá show de segurança, domínio de conteúdo. Precisaria de algumas horas pra explicar direitinho tudo o que aprendeu em todos os cursos que fez. Waldemar Jorge, o Dema, dá lições constantes de leveza; um estar de bem com a vida que torna agradável o ambiente mais sombrio.
com Fernando Brengel
Lilian
Os “Gêmeos” Carlos Henrique e
André
Alguns chegaram depois, bem depois. Mas a boa cumplicidade já está estabelecida. Tem o mestre de cerimônias, o Marcelo Abud; ele é parcimonioso, não menos atencioso, e solícito. Lilian Brito, sempre pronta a sorrir, sabe dividir e trabalhar em dupla – e disso sou testemunha! Dou fé também de trabalho em conjunto com André Antas, que leva tudo com muito humor. André é irmão gêmeo do Carlos Henrique, o que o céu e o cotidiano explicam. Esse Carlos sabe tudo de números e eu, que preciso de máquina de calcular para operações mínimas, olho-o com profundo respeito. Desse grupo há a discreta Cristina Guerino, que mostra competência no que faz e Maria Schochter, que é a delicadeza em pessoa.
Da turma mais novinha, os que chegaram depois vêm conquistando espaço nessa seleta categoria de grandes parceiros de trabalho. Levo fé de que chegarão lá, profissionais como Rene Mesquita, Shellida Fernanda, Anderson Ladeira, Igor Ferreira, Igor Magrini e, entre outros, Su Stathopoulos. Nem tudo é perfeito; neste momento, por exemplo, estou em pinimbas com a Vânia Toledo – ela sabe o motivo! Não escreverei que ela é educada e gentil. E como o mundo caminha já tem ex-alunos como parceiros: é o caso da Luciana Ferrari.
Um trabalho escolar é composto por muita gente. Não dá pra citar todos os profissionais envolvidos. Priorizei, neste texto, alguns professores do campus onde atuo. Contei com uma parceira adorável para ajudar a ilustrar este post. Rosi Canto comparece, mais uma vez, em várias imagens precisas, e por captar essas com muito carinho acabou deixando todo mundo mais bonito. E para simbolizar todos os funcionários, vou enviar um agradecimento – tenho certeza que meus parceiros concordam – pra lá de especial para Gisele Alves, nossa colaboradora mais próxima.
Gisele
Tenho aprendido muito, ao longo de todos os anos, com esses profissionais. Primeiro de tudo a paixão pelo que fazem – professores têm a firme convicção de que a disciplina que ensinam é a coisa mais importante do planeta. Vem em segundo, mas não menos importante, o prazer em facilitar o conhecimento com o outro: aquele mais próximo que vai do porteiro à faxineira, passando pelos vizinhos, o dono do boteco, pela família, pelos cônjuges e, prioritariamente ao aluno; do mais relapso ao mais aplicado. Conheci e aprendi um monte de coisas com todos eles.
No ano passado, nesta data, eu estava em Belém do Pará. De lá prestei homenagem a minha querida professora Maria Ignez Prata. É o meu referencial de professora e para ela, assim como para os amigos professores, e aos meus parceiros professores do Campus Marquês, envio todo meu carinho.