Chegou a minha vez! Após 25 anos de trabalho na universidade, precisamente de 1995 a 2020, recebi um vídeo de presente com imagens organizadas por Regina Cavalieri e carinhosamente editadas e finalizadas por Luís Antônio Francisco, o Luisinho. Creio ser, nesse dia do professor, o momento de dividir esse trabalho com meus colegas parabenizando-os . Vejam! Quero compartilhar minha emoção com os envolvidos.
Todos os alunos da UNIP que concluíram o curso de Propaganda e Marketing no Campus Marquês, sob coordenação da Professora Regina Cavalieri recordam um ritual emocionante: Antes de anunciar os resultados finais do trabalho de conclusão do curso era apresentado um vídeo, síntese da passagem da turma pelo curso. Fotografias e vídeos registravam do primeiro ao oitavo semestres. Um momento em que, invariavelmente, os mais duros têm dificuldade em conter lágrimas. Pura emoção!
O vídeo aqui publicado é uma síntese! Assim, spoiler evidente é o não registro de todos os alunos com os quais trabalhei. Milhares! Seria maravilhoso caso fosse possível. Todavia, dedico esse trabalho aos que foram meus alunos nos Campi Alphaville, Paz, Pinheiros, Bacelar, Chácara Santo Antônio, Norte, Vergueiro e, em especial, aos alunos do Campus Marquês. Se tive passagens pontuais pelas unidades citadas, foi no Marquês que permaneci ao longo de 25 anos no curso de Propaganda e Marketing, além de ministrar aulas para Letras e Jornalismo.
Para Regina Cavalieri meu especial agradecimento. Ela nunca mediu esforços para registrar cada trabalho ou evento de seus alunos, pois sabe da importância da memória na construção do conhecimento. Também ao Luís Antônio Francisco, autor de, no mínimo 95% das imagens registradas. O Luisinho permanece na lembrança de todos os nossos alunos como o funcionário gentil, prestativo, carinhoso e, sobretudo, competente.
Durante 25 anos realizei um trabalho que me levou a conhecer milhares de jovens, trabalhar ao lado de centenas de professores e demais funcionários da instituição. Muito obrigado! Esse registro é uma prova contundente de que foi vívido e intenso. Valeu!
É amanhã, depois de muito tempo, quando me disseram que eu não poderia continuar. Mas, um brasileiro não desiste nunca (rsrsrsrsrsrsr) e, sério, estou entre aqueles que gosta de uma boa dose de teimosia. Estou de volta! E segue algumas imagens que sintetizam mais de vinte anos de história.
Aulas, reuniões, feiras… aqui vou eu.
Grato aos que, durante minha ausência, torceram pela minha volta e cuidaram direitinho de tudo. Muito obrigado.
Neste final de semanas demos o start ao lançamento do curso de Criatividade e Inovação no Ambiente Corporativo, através da Competency do Brasil. Volto a lecionar uma matéria que adoro e que, há muito, venho pesquisando, estudando e buscando aperfeiçoamento. Escolhi imagens de 1998 para ilustrar este post, quando já dava aulas práticas e teóricas de criatividade na Unip, no curso de Propaganda e Marketing.
Lúcia foi quem me presenteou com as fotos!
O melhor livro que conheço sobre o assunto só sairia quatro anos depois, quando Domenico de Masi publicou La Fantasia e la Concretezza. A edição brasileira saiu no ano seguinte com o nome Criatividade e Grupos Criativos entregando, já no título, um dos aspectos caros ao autor: a criatividade enquanto fruto de uma coletividade.
Penso no indivíduo criativo como aquele que, frente aos problemas, sabe buscar soluções, criá-las e, quem sabe, até inovando aspectos antes não percebidos ou registrados. Fundamentalmente, quando se trata de ensino da criatividade, acredito que o educador deve respeitar a evolução do aluno (o que é novidade para este pode ser algo já manjado para alguém experiente), alertando o mesmo para a necessidade contínua de ampliar e aprofundar o próprio repertório.
O indivíduo criativo raramente trabalha só, daí a importância do grupo, do ambiente, da sociedade na qual ele está inserido. Todos nós precisamos de parcerias, imprescindíveis em todas as épocas, para todo e qualquer ramo da atividade humana. Qual a real importância do Papa Júlio II na vida e obra de Michelangelo? Quem foi a figurinista responsável pelo vestuário de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa durante o Tropicalismo? Quem foi o editor que leu com atenção devida a obra de Guimarães Rosa?
Sobram exemplos no estudo da criatividade enquanto fato coletivo, resultado de parcerias. Ecoam até hoje os efeitos dos 18 anos de parceria entre a inglesa Margot Fonteyn e o russo Rudolf Nureyev. Os indivíduos que olham o futebol com a frieza profissional necessária sabem da importância de médicos, massagistas, treinadores, além dos próprios parceiros de gramado no reinado de Pelé. E, outro aspecto não menos importante: a fundamental contribuição de pedreiros, engenheiros e demais profissionais da construção civil na concretização dos fantásticos projetos de Oscar Niemeyer.
É pensando nesse tipo de situações que busco exercitar e ensinar a criatividade, via algo que Domenico de Masi colocou em palavras e que sigo com dedicação e seriedade: “EDUCAR UM JOVEM OU UM EXECUTIVO PARA A CRIATIVIDADE HOJE SIGNIFICA AJUDÁ-LO A IDENTIFICAR SUA VOCAÇÃO AUTÊNTICA, ENSINÁ-LO A ESCOLHER OS PARCEIROS ADEQUADOS, A ENCONTRAR OU CRIAR UM CONTEXTO MAIS PROPÍCIO À CRIATIVIDADE, A DESCOBRIR FORMAS DE EXPLORAR OS VÁRIOS ASPECTOS DO PROBLEMA QUE O PREOCUPA, DE FAZER COM QUE SUA MENTE FIQUE RELAXADA E DE COMO ESTIMULÁ-LA ATÉ QUE ELA DÊ LUZ À UMA IDÉIA JUSTA”.
O mundo de hoje não está fácil. Só pra se ter uma ideia do que me ocorre a partir da proposição de De Masi: IDENTIFICAR A VOCAÇÃO AUTÊNTICA implica em refletir sobre muitas variáveis que vão desde o aspecto financeiro, passando pela região geográfica em que se está inserido, ou as implicações sociais de nossas escolhas. Ensinar alguém a escolher PARCEIROS ADEQUADOS envolve desde interesses, tempo e lugar, quanto família, igreja, negócios e por aí vai, sendo que os demais aspectos sugeridos (CONTEXTO, FORMAS DE EXPLORAÇÃO DO PROBLEMA, RELAXAMENTO E MEIOS DE ESTIMULAR A PRÓPRIA MENTE) deverão merecer abordagem semelhante para o exercício da criatividade individual e coletiva.
Esse assunto me apaixona. E penso que seja do interesse geral e, especificamente, daqueles que frequentam este blog. Pretendo um post semanal – SEMPRE DE DOMINGO PARA SEGUNDA – sobre o assunto. Comente, envie sugestões, dúvidas. Vamos ter uma ideia mais ampla do assunto e de como penso tratar o mesmo em situação de ensino. Sugestões são bem-vindas!
Para quem estiver interessado no curso, entre e veja possibilidades no site www.competency.com.br.
Até mais!
PS: Aos meus alunos, do curso cujas fotos estão acima, meu forte abraço e a lembrança carinhosa que levarei enquanto estiver por aqui!
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Alguns aspectos dignificam a profissão de professor. Quem pode olhar para uma turma de quarenta, cinquenta indivíduos e afirmar perante toda a sociedade: – Eu contribuí para a formação dessas pessoas! Cabe ressaltar aos distraídos que esta situação se repete anualmente na vida de profissionais da educação. Na última sexta-feira, ao lado das professoras Claudia Bouman Olszenski e Regina Cavalieri representei meus demais colegas de curso e fui paraninfo de uma turma de Propaganda e Marketing.
Em festa de formatura ocorrem três sensações absolutamente nítidas e similares: Os jovens sabem que estão ali graças ao esforço pessoal e ostentam a vitória; os pais olham para os filhos com orgulho, pois sabem o quanto batalharam por esse momento e os professores, testemunhas vitais dessa caminhada, olham para todos com a sensação de dever cumprido e, viciados em escola, já começam a indicar pós-graduação para todos os formandos.
No nosso país a educação ainda é, lamentavelmente, privilégio de minorias. Embora felizes com o resultado sentimos falta de alguns que ficaram ao longo do caminho. Entre as muitas razões quero ressaltar uma que envolve o mercado de trabalho: são raras as empresas que facilitam a vida estudantil de seus jovens funcionários. Não flexibilizam horários e não colaboram nem mesmo em dia de prova. É comum em dias de avaliação receber alunos que entram afobados, tensos, com muitos minutos de atraso. Não têm apoio de chefes, das empresas, nem mesmo em dias de exames.
A profissão de professor, volta e meia, é depreciada e virou senso comum lamentar o salário de professores, como se salário fosse a única razão que move um profissional. Há momentos para reivindicar melhores salários, melhores condições de trabalho, maior respeito por parte dos empregadores. Que venham esses momentos, mas não em uma colação de grau, nunca em uma comemoração de formatura. Nossos alunos venceram uma longa e árdua travessia e, por isso, merecem todas as festas.
Sinto-me honrado em ser professor e tenho certeza que divido essa honraria com minhas colegas acima citadas, e com outros, como Fernando Brengel, Carlos Henrique Ferreira e Renê Mesquita. Como tantos outros colegas encaramos nosso trabalho com seriedade e cumprimos nossa função com dignidade. E somos agraciados com um carinho imenso, todo especial, que vem de diferentes formas, conforme a característica de cada um de nossos alunos. E isso já ocorreu várias vezes e, tenho certeza, se repetirá nos próximos anos. Quantos profissionais podem ter tudo isso?
Transcrevo abaixo o final do meu discurso de ontem. É como desejo concluir este post:
DESEJO BOA SORTE A TODOS. ESPERO QUE AO LONGO DOS PRÓXIMOS ANOS TODOS VOCÊS POSSAM APLICAR O CONTEÚDO APRENDIDO NESTE CURSO. ESPERO TAMBÉM QUE NOSSA POSTURA PROFISSIONAL SEJA EXEMPLO E MOTIVO DE ORGULHO PARA VOCÊS. O FINAL DESTA ETAPA TERMINOU. ESPERO, SINCERAMENTE, QUE SEJA APENAS UM COMEÇO, UM ÓTIMO COMEÇO PARA TODOS.