
Na noite do final de semana, voltando pra casa vejo, por todo lado, as lixeiras cheias, as ruas sujas, a cidade reclamando os cuidados que só virão com o dia. Ouço fogos e consigo visualizar os efeitos mirabolantes das luzes coloridas informando que a festa da Achiropita está no fim. Entro no prédio onde moro e passo pelo pequeno hall onde o lixo – em grande quantidade – também espera o amanhecer.
A lembrança de Mark Langan vem a mente. Precisamos de indivíduos como este artista de Cleveland, nos Estados Unidos, transformando material reciclado em trabalhos artísticos, seja copiando grandes obras ou atendendo solicitações de empresas e ainda criando peças autorais.

Há um farto material por ai e com calma, paciência, e habilidade aprimorada pelo exercício teremos, no mínimo, pessoas mais serenas pela atividade criativa.
Mark Langan, em seu site, assinala que seu trabalho celebra, visivelmente, o objeto pré-fabricado dando a este outra função e destino. O artista utiliza a expressão “Corrugate Art” para classificar o que faz. Diz que se concentra para destacar as qualidades estéticas do material que na função primária são ignoradas.

Na faculdade meu professor de arte chamaria Kistch ao trabalho do americano, assinalando a não originalidade do objeto em seu resultado final. Outra professora, poderosa, defenderia o mais puro artesanato, a grande capacidade em manusear e transformar o comum em algo agradável. Ambos tentariam aumentar fileiras eruditas em contraposição ao gosto popular. Mark Lang denomina arte ao que faz e assim a vida segue seu curso, sendo esse trabalho arte, kistch ou artesanato.
Eu prefiro o mundo limpo. Que sejam bem-vindas as pessoas que transformam madeira, papel, metal e evitam que outros cacarecos aumentem o espaço ocupado pelos nossos lixões. Reciclar, reutilizar, dar outro fim que não o lixo. Essa é a meta! Já que somos hábeis consumidores, aprendamos a diminuir nosso lixo pessoal. Uma sugestão de objetivo para começar esta segunda-feira.
Boa semana para todos!
Notas:
A indicação do artista me foi dada por Flávio Monteiro (Obrigado!).
Conheça mais sobre o artista em http://langanart.com/
Caro Valdo
Recebi o link para seu blog de minha cunhada Claudia Ricci. Como gosto de arte, embora não saiba fazer arte, logo me identifiquei com este espaço. Espero que avance e nos brinde diariamente com posts como este sobre Langan.
Robinson Ricci
Como sempre vc arrasando em seus comentários. AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!
Sugestão: coloque agenda de programações que você ache legal divulgar. Por exemplo, o trabalho do artista que transforma “lixo” em arte adoraria ver em exposição.
Obrigado pela sugestão, Tassia. Senão deste, porque está muito longe, mas as exposições por aqui, certamente. Continue visitando o meu blog. Obrigado.
Ah Valdo, você sempre me deixando com invejinha da sua facilidade em escrever, se expressar… e adorei conhecer esse artista! Já foi tão enriquecedor ler seus textos sobre música… agora englobando o campo das artes no geral, com certeza vai ser um ótimo canal para ampliação de conhecimentos! Muito boa sorte! Beijoooos!
Me falta pouco para essa atividade tão necessária no mund global: Habilidade e criatividade. quase nada…
Agora… Recolher o lixo… Écomiogo mesma
Leia-se: “…É comigo mesma.”
Bem que eu tento, mas não sai nada interessante.
Dá pra se ter aulas dessa criatividade?
Gosto de reciclagem. Acho excelente a idéia de aproveitar as coisas para torná-las úteis novamente.
Opa, Valdão!
Belo post. Gosto desse tipo de arte. Estou trabalhando num projeto novo de artesanato com a Bárbara (minha esposa). Cartonagem, especificamente. Tá no meu portfólio. Link no perfil do twitter e do Facebook.
Parabéns pelo blog. Vamos nos falando!
Abraço!