Todo começo costuma ser simples. Como um olhar para grandes amores, uma palavra inadequada para guerras imensas; ou o nascimento de uma criança, como resultado de um feliz encontro entre um homem e uma mulher. Até mesmo uma cidade como São Paulo nasceu na maior simplicidade, “na humildade”, diriam os “manos”.

O Natal, sendo a lembrança de um começo – o menino Deus nasceu! – poderia ser um momento bem simplesinho. Nós, seres humanos, complicamos muitas coisas só pra dizer que tal fato, pessoa ou acontecimento nos são importantes. Por essa mania, tão humana, é que tornamos o período natalino um “problema”. Por exemplo, enchemos o mês de dezembro de contagens regressivas; para o final de aulas, para a vinda do Natal, para a chegada do Ano Novo… e listas de compras, de compromissos, etc..
São Paulo está carregada de luzes e de cores. Exagerada em alguns locais, elegante em outros, tudo para o Natal, o Ano Novo. Parece também que todos os automóveis dos paulistanos estão nas ruas transportando pacotes enfeitados, ingredientes para ceias, muitos presentes, caríssimos ou simples lembrancinhas.
Nossa grande e complexa cidade já foi um dia muito simples. Foi isto que pensei com meus botões sem resistir a fotografar o Pátio do Colégio. Tentei visualizar o pequeno lugarejo iniciado pelos Jesuítas.

Já me habituei ao fato de que muitos paulistanos não conheçam o Pátio do Colégio. É comum encontrar pessoas com receio de caminhar pelo Centro Velho da capital, como se a violência estivesse circunscrita ao local. Em todos esses anos na cidade e sempre caminhando pela região da Sé, a Rua Boa Vista,onde fica o Pátio, o Largo de São Bento e adjacências, nunca fui assaltado. E, como narrei anteriormente, só presenciei assalto à mão armada na Avenida Paulista. Portanto, tenho o hábito e gosto de passear na região do Centro Velho.
Resolvi começar a falar de Natal pelo começo de São Paulo, pelo Pátio do Colégio. A primeira casa dos Padres Manoel de Nóbrega e José de Anchieta não perdeu seu charme. Tentei hoje brincar de ser um índio qualquer perdido nas selvas de então e deparando-me com a construção singela do Colégio Jesuíta. A arquitetura colonial é tão impar que torna as construções desse período sofisticadas, elegantes, sobretudo são portadoras de uma simplicidade encantadora.

Nossos políticos adoram palácios. Muitos paulistanos deveriam cultuar a lembrança de que este simples local, o Pátio do Colégio, foi sede do governo paulista, por quase 150 anos. Obviamente que o local foi alterado várias vezes, cada político tentando deixar a própria marca. O atual conjunto lembra o primeiro, iniciado em 1556, não é reconstrução ou restauração. É bom salientar que mudanças de lugares simples não é privilégio de político brasileiro. Se os locais por onde o Cristo passou também sofreram intensas modificações, luxuosas modificações, imaginem o que não foi feito em todos os outros!
O Pátio do Colégio esta aí, assinalando que a simplicidade é bela, comovente, sincera. Em um momento em que a cidade está carregada de cores e luzes, e em que os cidadãos estão sobrecarregados de trabalho, de tarefas, é bom lembrar a simplicidade, nossa origem. Por mais que tomemos posse de toda a parafernália complexa desse mundo, são nas coisas simples que nos deliciamos e somos felizes: um olhar, um aperto de mão, uma palavra carinhosa e uma casinha branca com janelas azuis para nos abrigar.
Na “humildade”, que tal um Natal simples e verdadeiro?
Lindo Valdo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
“Se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado” (Mt 6, 22).
( uma meditação do cardeal Carlo Maria Martini S.J.)
Eu sou tao simples, que todo ano eu ganho o mesmo fogão com 6 bocas. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
De simplicidade; de solidariedade e muita Saúde e Paz!
Só não abro mão do salpicão e no mínimo uma lembrancinha.
Do contrário… Não é Natal.
Tenho saudade das missas do Galo à meia noite, em nossas igrejas!
Aproveitar essas datas pra cultivar a “FÈ” é tudo de bom. Nos alimenta de esperanças.
É tanta falsidade… Tanta hipocrisia… Que por mim, eliminaria o Natal e o dia 1º do Ano Novo, do calendário.
“No começo de Yudo” isto é, no inicio da minha vida, eu aprendi primeiro que o Natal era : Menino Jesus; Papai Noel e depois presente. Sem dizer que era sob condições: Comportamento. Hoje eu vejo apenas o Natal com a terceira opção. E se o presente não fore caro, não serve.