Que bom poder escrever sobre Elis Regina. Este post é para que os mais velhos relembrem e para que os jovens conheçam uma face da maior cantora do Brasil.
Não convivemos e, portanto, não conhecemos realmente Elis Regina. Temos uma idéia de como era a mulher sob as vestes da cantora. Temos os discos, alguns livros, revistas e cada texto, cada vídeo com uma entrevista mais os textos dos discos ajuda-nos a montar o intrincado quebra-cabeça que é a personalidade de um ser incomum. Um livro legal, que mostra um lado pouco divulgado sobre a cantora é da série “Histórias das Minhas Canções”, o volume sobre Paulo César Pinheiro.
Conhecedores de MPB associam imediatamente o nome de Paulo César Pinheiro à Clara Nunes, com quem foi casado e com quem realizou trabalhos maravilhosos. O compositor de inúmeros sucessos da mineira Clara Nunes, foi também o compositor de vários sucessos gravados por Elis Regina, como “Lapinha”, “Vou deitar e rolar”, “Eu, hein, Rosa!” e “Cai dentro”; Paulo César Pinheiro conta a história dessas canções e até de uma feita para Elis, que ela não gravou, “Última Forma”.
Paulo César Pinheiro descreve uma Elis Regina doce e suave com os amigos, ríspida perante adversários; e estes souberam perpetuar essa imagem, deixando para a história Elis como a “Pimentinha”. Entretanto, um aspecto legal que o compositor registra é o comportamento de Elis perante a “concorrência”. Quando, em 1977, dizia-se que havia uma grande cantora de samba no pedaço, Elis pediu ao compositor que, junto com Baden Powell, fizessem uma música pra que ela mostrasse como é que se canta samba. O resultado é “Cai dentro”. E é aqui que justifico o título acima; cante essa, malandro! Com a mesma competência que justifica o título de maior cantora brasileira para Elis Regina.
O registro acima é do disco de 1979, “Essa Mulher”. Para enfatizar as qualidades de Elis, optei por um segundo registro, com a apresentação que Elis fez no Festival de Montreux. Em ambos os momentos,no estúdio e ao vivo, a qualidade incrível da intérprete e da cantora, dona do próprio ofício. Mais que escrever, o melhor é ouvir. E cabe questionar: qual cantora atual seria capaz de cantar desse jeito?
Amanhã, dia 19, lembramos o trigésimo ano da morte de Elis Regina. Minha homenagem para a cantora vai através dessas canções que só ficaram bem na voz impecável e na perfeita afinação de Elis Regina. Entre as várias interpretações únicas de Elis Regina, ficam abaixo outras duas, também com as assinaturas de Paulo César Pinheiro e Baden Powell. Elis merece todas as reverências.
“Vou deitar e rolar” lembra o momento em que Elis separou-se de Ronaldo Bôscoli. O “quaquaraquaqua” é inimitável!
“Lapinha”, além de ter sido a vencedora da I Bienal do Samba, da TV Record, ainda merece destaque por ser a primeira composição de Paulo César Pinheiro, então com dezesseis anos, em parceria com Baden Powell. Note bem! É uma letra de um garoto com dezesseis anos!
Fica aqui, também, o convite para conhecerem o livro com as canções de Paulo César Pinheiro. Garanto que vale a pena!
Até a próxima!
Ah…Elis…..musa….amei as músicas mas na minha humilde opinião faltou “O bêbado e o Equilibrista” que é uma das músicas que reflete nosso Brasil, com sua voz impecavel, arranjos maravilhosos, letra maravilhosa de João Bosco e Aldair Blanc…
“Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil…”
E continua chorando nossa pátria…por razões tão diferentes…mas chora.. =/
Nossa que lindo Valdo seu blog…ela é incrivel …gosto muito dela cantando “Discussão ” …Parabens …sempre irei passar aqui para ver suas publicações.
Lindo Valdo! Lindo! Escrevi semana passada a respeito da Elis e amanhã, em homenagem a ela, reeditarei o post. Bjs.
Elis para Sempre, Para Sempre Elis.. # Amei.
Adorei, Valdo! Uma homenagem perfeita! Beijos!
Estou simplesmente apaixonada pela matéria. Elis para mim será sempre e eternamente Elis. Dia 17 de março estarei se seu show no Ibirapuera,
“…Vai meu lamento vai/
Toda a tristeza de viver…”
“…Eu vou partir/
Porque mataram meu bezouro…”
Ahhhhhhhhhhhhhh!!!! Minha inesquecível Elis!
Mesmo daqui a 100 anos, com certeza ainda se comemorará a ausência lamentável desse mito da música popular brasileira
“Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua.”
Chico Buarque – Elis Regina
Ninguem nesse mundo é insubstituível. Mas nomear alguem que atualmente cantaria como Elis… É difícil.
Elis né, diferenciada…
Parabéns pelo blog Prof., mto bom!
Bj
Valdo, obrigada pelo envio da matéria Elis sempre Elis, principalmente para quem viveu esta época e conviveu com as canções de Elis!!!!!!!!!
Elis sempre foi muito carismática. Já deveter conquistado com seu sorriso e balanço sensual, todos os anjos e santos.
Pingback: Rivalidade entre cantores! Quem ganha com isso? « Valdo Resende
adoro ouvir as musicas da pimentinha, jamais vai ter outra igual a essa linda mulher com a sua voz