(Entre vidas e sonhos, a ilusão do renascer, o desejo de reviver. E a vida que penso e quero é a que expressa o verso alheio tomado emprestado nesse exercício para retornar).
Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.
E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história…
Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero a memoria acesa
depois da angústia apagada.
Cecilia Meireles in ‘Melhores Poemas’