Agora, quando distante de tudo
Abro janelas para além do espaço,
Portas para outros tempos.
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Parece que há sons juvenis
Sombras esguias, fôlegos intensos
Cheiros que se esvaem no calor noturno.
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Ecos de determinação, vontade férrea
Batalhas contra o estabelecido
Certeza do ser predestinado.
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Penso nesse ser cada vez mais distante
Reconstruído em lembranças.
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Restaram abismos intransponíveis
Distâncias colossais…
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Longe era o tempo que faltava pra ser grande
Longe eram quilômetros entre cidades
Longe era o futuro que agora me afronta
Mostrando o fim do qual busco afastar-me.
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Apenas uma noite.
Uma longa noite de calor insuportável.
Distante da casa onde raramente abro janelas.
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Novembro/2013