(Terra encantada… Sempre longe, nunca saí de lá.
Agora,novamente, navego na poesia alheia nesse
exercício para retornar).
…Ó minha
Terra encantada, cheia de sol,
Ó campanário, ó Luas-cheias,
Lavadeira que lavas o lençol,
Ermidas, sinos das aldeias,
Ó ceifeira que segas cantando,
Ó moleiro das estradas,
Carros de bois, chiando…
Flores dos campos, beiços de fadas,
Poentes de julho,poentes minerais,
Ó choupos, ó luar, ó regas de verão!
Que é feito de vocês? Onde estais, onde estais?
Antônio Nobre in ‘Poesia Simbolista / Literatura Portuguesa’